A arte de ver # 12: o mesmo assunto, mas uma aparência em constante mudança

Há um ditado que diz que se você olhar pelo visor da câmera e já tiver visto a foto, não deve tirá-la. Já foi feito! É um sentimento com o qual concordo até certo ponto. No entanto, existe o perigo de nunca mais obter outra imagem.

Talvez tirando a foto que foi "feita antes", você possa fazer com que a criatividade flua. Talvez possa funcionar como um catalisador para desenvolver uma ideia e levá-la para um novo território. Quem sabe? Tirar a foto deve ser melhor do que pendurar a câmera.

Recentemente, me vi no mar - por um longo tempo. Fiquei hipnotizado pelas condições de luz em constante mudança, a cor do mar e a textura da superfície da água. Porém, cada vez que olhava pelo visor, só via imagens que me faziam lembrar o trabalho de alguns dos fotógrafos que mais admiro, como Hiroshi Sugimoto, Shomei Tomatsu e Garry Fabian Miller. Eles fotografaram o mar da mesma maneira, com um horizonte totalmente reto no meio exato do quadro. Talvez seja um instinto criativo natural - ao qual não pude resistir, mesmo se já o tivesse visto antes, então comecei a tirar e coletar paisagens marinhas.

Usei a mesma distância focal para todas as imagens e descobri que as imagens individuais funcionavam bem como uma grade, chamando a atenção para a diversidade das condições. Posso não ter adicionado nada ao cânone das imagens do oceano, mas gostei do processo e dos resultados. Tenho muitos outros dias agendados no mar, então talvez este seja o trampolim criativo de que preciso para desenvolver ainda mais o projeto. BB

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